Sexualização Infantil

 Tudo começa pequeno e nesse caso começa no “não vejo mal algum!”  Há anos tem sido mostrado mas não percebido pela maioria, como  a infância tem sido tratada; como se fossem “adultos  de tamanho pequeno”.

Antigamente usava-se “roupa de criança” nas crianças.  Hoje usamos roupas de adultos de tamanho pequeno nelas.

Na minha infância, fazer sobrancelha, pintar unhas com cores fortes, colocar salto entre outras coisas; somente com quinze anos.  Namorar...só com dezoito e hoje as meninas de nove dez anos estão engravidando!

No passado colocávamos as meninas para estudarem balé e hoje tem pais colocando suas filhas nas aulas de “Pole dancing” para crianças!  E essa moda pega!  Daqui a pouco você que não está atento, vai achar que isso é “bem legal”, “o que é que tem”, já que essa modalidade entrou nas olimpíadas e... vai e coloca sua filha.

Acho que aceitamos tudo muito resignadamente!  “É bonitinho!” “ É moda!” “O que é que tem?”  “Todas usam!” “O que vou fazer? Ela quer!”

Estamos tão ocupados correndo contra o tempo para sobrevivência da família, que não avaliamos mais o que é coerente, não usamos de bom senso em muitos assuntos referentes a criação dos nossos filhos.  E isso não é uma questão religiosa! A questão é que a sociedade esta antecipando a sexualidade das crianças em muito!  Como educadora, estive em escolas onde simplesmente não permitíamos nas festas colocar  ou ensaiar danças com cd do “É o Tcham” e outros que foram aparecendo desse “nível”.  Que nível?  O mais baixo, vulgar, com as letras de suas músicas o mais desapropriadas possível. 

Nível ZERO de educação.  Nem as professoras das escolas públicas por onde passei, aceitavam  sua entrada no ambiente educacional.  Veja bem que eu estou dizendo “escola” ambiente educador e não igreja.  Tinha muitas colegas de trabalho, não religiosas que não deixavam seus filhos assistirem qualquer programação na TV ou jogar  games de violência ou ouvir músicas com letras de baixo calão.  A questão é que aceitamos tudo que nos é oferecido como se não pudéssemos dizer NÃO! Na minha casa, não; com meus filhos ou para eles, não; no meu lar que é sagrado e abençoado por Deus NÃO!!!  Você é o dono da sua vontade, juiz dos seus atos.  Não deve nada a vizinhos e amigos para ter receio de dizer NÃO!

Nunca assisti, senão os comerciais, mas tem na TV a cabo, no Discovery Home e Health um programa  chamado “Pequenas Misses”.  Nele, meninas se sentem como adultas em toda sua “produção”:  Maquiagens pesadas, cabelos escovados, a roupa mais bonita, as frases mais bem decoradas...e passam horas do seu tempo que deveria ser brincando e estudando, por um único objetivo: o de ser a mais bela de todas. As outras que não ganharem a coroa, ainda levam a tristeza e frustração por não alcançar os objetivos para o qual foram motivadas pelos  seus pais.

Ser uma criança “bela”, deve ser um conceito ensinado às crianças não com relação a vaidade; a quem possui as melhores roupas e  jóias; mas sim que ela tenha um bom coração, que cuide bem da sua higiene e saúde.  Também que estude para ter um futuro e acima de tudo que ela conheça o Criador e por temor a Ele, guarde sua vida das más influências e caminhos tortuosos.

Temos no Brasil o concurso “Miss Brasil Infantil” desde 1996.  Confesso nunca ter acompanhado, mas tenho certeza que a cada ano as meninas estão mais adultas e no final o que vemos é uma linda criança que parece um “adulto pequenino”.

Seja dançar músicas com gestual e movimentos corporais sensuais ou ter o rosto com uma maquiagem carregada e o sentimento de disputa, raiva, frustração ou de melhor do que todas; não é saudável para elas.  Criança  tem que ser criança!  Sua pele precisa ter não mais que “filtro solar”.  Suas roupas precisam ser de criança, seus calçados sem saltos para não prejudicar sua coluna, sua fala precisa ser espontânea e não decorada.  Criança não tem que ficar de 8 a 10 horas se arrumando para concursos onde todo aquele ambiente de luzes, fotos e muitas poses ,que ela pode não estar nunca mais em sua vida caso perca; não seja uma frustração eterna em sua vida.

Além dos concursos de beleza, também preciso alertar  para o comércio de fotografia infantil, onde elas são fotografadas com olhar adulto e sensual; que a criança bem sabe reproduzir, se estimuladas a isso.

As crianças não podem ser usadas nem exploradas pelo adulto com fins financeiros e da forma sensual como estão sendo, pois além de tudo, estão estimulando a pedofilia.

É saudável a criança em casa, vestir-se com as roupas da mãe ou caracterizar-se de policial, professor ou bombeiro.  Isso entra no contexto do “treinamento para a vida adulta”; mas daí a competir... Saia dessa.  Não leve sua filha por mais linda que ela seja, para preencher o seu ego, seus desejos, sua expectativa.

Reflita!

Com carinho,

Soraya Barros

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