AOS PAIS

 Vocês são o instrumento usado por Deus para fecundar e gerar o maior presente que Ele lhes possa dar. “ Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão.” Sl 127:3

Que maravilha!  Quem não se apaixona por um bebezinho tão inocente, tão indefeso? E acompanhar seu crescimento,  ouvir suas primeiras gargalhadas, suas primeiras palavras? E os primeiros passos vacilantes que fazem com que corra para a segurança dos seus braços?  Que sensações  maravilhosas!

Há três anos, recebi  um presente inesperado: o nascimento da minha “neta do coração”, Giovana.  Seus pais, líderes do Ministério de Louvor da nossa igreja, deixavam-na comigo durante os momentos de  louvor para poderem ministrar.  Nos apegamos uma à outra e reviver minha experiência de mãe e educadora é uma benção de Deus.

Hoje, tenho verdadeiro prazer em ajudar na turma das “Ovelhinhas de Cristo” da  minha igreja, onde temos Helena, Anna Clara, Pérola, Luiza, Sergio e Giovana, crianças de 1 à 3 anos.

Contar histórias, cantar, dançar, orar, lanchar, fazer com eles trabalhos de artes...e ganhar muitos beijinhos e ser chamada de vovó, é bom demais!

Essa faixa de idade, do nascimento aos três anos, é o período em que o ser humano mais aprende!  Todos os seus sentidos estão aptos e em plena disposição para serem desafiados. Eles aprendem tudo  gradativamente e precisamos estimulá-los de forma certa no momento adequado.

Criança não nasce com manual.  Muitos pais ficam perdidos, confusos e inseguros.  Mas Deus criou a mulher com instinto materno e com a ajuda do pai, qualquer casal pode criar seu bebê com toda certeza.

Tem muitos estudos na internet, muitos livros, muitos DVDs e até cursos que ajudam os pais nesse aprendizado.  Quero apenas deixar umas dicas simples quanto ao desenvolvimento da inteligência de seu bebê:

Uma ponto primordial, é entender que estão aptos a aprender desde que nascem.  Devem os pais estar sempre atentos a todos os momentos de interação com seu bebê.  A comunicação é fundamental para seu desenvolvimento e atividades simples como dar mamadeira, podem se tornar educativas se estiver conversando com ele, cantando, mostrando algo.

Quando conversar com seu bebê, lembre-se que ele não conhece os nomes dos objetos, das cores, suas formas, cheiro e texturas. Então quando for ao jardim, por exemplo, mostre a ele a “grama verde”, deixe-o pegar na grama, se for o caso, pisar nela.  Caso haja flores, diga-lhe seu nome sua cor deixe-o  tocá-la  caso você conheça a flor e saiba que não vai causar-lhe mal.  É importante dizer os nomes corretos das coisas para que quando ele for repetir, saber a pronúncia correta.

É precioso levá-lo ao mercado  e conforme for pegando os produtos, dizer seus nomes, sua marca e para que servem. “Hum! Gelatina de morango, que delícia! Olha que morango vermelhinho!”  Assim além de estimular a vontade de comer, ele vai assimilar em sua vivência o mundo letrado, as diversas formas de escritas (letras de diversos formatos) e no futuro, na hora certa, estará lendo sem que ele mesmo perceba.  As classes de educação infantil, onde trabalhei como professora ou coordenadora da área pedagógica, sempre tinham os chamados “cantinhos”.  Podemos improvisar nos quartos das crianças ou simplesmente ter numa caixa ou baú, os diversos componentes dos “cantinhos”. Os “cantinhos são espaços diferentes um com “jogos”: de encaixe, quebra cabeças, blocos lógicos; “cantinho dos livros”, com revista, livro de história, Bíblia infantil quadrinhos etc. Sua importância é dar a criança a oportunidade de conhecer a leitura e a escrita, além de despertar-lhe interesse pela mesma; desenvolvendo seu vocabulário e imaginação. “Cantinho das ciências”, com uma plantinha para cuidar e observar seu crescimento, um aquário para observar um ser vivo. Conchas, cascas de árvores de diferentes texturas, de preferência encontradas por vocês. Ofereça também o “cantinho das artes”, com muito pape, tinta, pincel, giz de cera, côa e tesoura.  Sente com ele e deixe-o criar! Quando você oferece os “cantinhos”, neles você observa os gostos da criança, suas habilidades e áreas de inteligência predominantes.  Exemplo: a criança que prefere os blocos de  encaixe, demonstra aptidão  na área raciocínio lógico. A criança que se dedica mais a um instrumento musical, precisa ser observada para desenvolver essa aptidão.  Tem criança que ama desenhar e se sai muito bem nessa área. Colocá-la numa escola de desenho no futuro seria muito recomendável.  Quem sabe não será um arquiteto, paisagista, artista plástico ou algo nessa área.

Criar filhos é muito mais que trabalhar e proporcionar o “melhor do que se pode comprar”.  É preciso acompanhar, se relacionar, compartilhar, vivenciar suas experiências.  Não basta comprar o brinquedo de encaixe,  tem que sentar e criar com ele.  Não adianta ter uma biblioteca infantil a disposição dele, tem que ler com ele, ler para ele e deixá-lo manusear e ler da forma dele para você.  Não basta ter o giz de cera, sente com ele, incentive-o a pintar, pinte com ele.

Quando decidimos ter uma criança, precisamos entender que estamos criando um ser humano que vai ter toda uma vida de adulto pela frente e muito do que ele será, muitas das suas escolhas, muito do seu futuro, está em suas mãos para encaminhá-lo.  Você pode fazer isso conscientemente ou simplesmente deixar que ele caminhe sozinho.

Para uma boa saúde mental e espiritual dessa criança, lembre-se que ser exemplo para ele é a melhor escola de formação de caráter.  Num lar regido por Deus e cheio de amor, é certo  que seu filho viverá seguro e feliz.

Com muito carinho,

Soraya Barros

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"A vida é cheia de desafios. Mariana quer usar verdades bíblicas para ajudar as crianças a superar cada um deles.
Em Quero ser Médica, Mariana lida com frustração, saudade, paciência e a alegria de ver a mão de Deus em tudo."